27 de jan. de 2011

Fenestra

como o prisma que ilumina
as sete cores do arco-íris
a luz se adentra
nos teus olhos de atriz
que lânguidos me marcam
tecendo cicatriz
e o âmago dilaceram
de forma descontrolada
e as frestas se abrem
para a luz ensolarada
e as asperezas que me cabem
se consomem com o fulgor
de rimas desnecessárias
que apagam minha dor

as luzes desajeitadas
dançam pelas paredes
como se embebecidas
e costuram redes
que impedem
de defenestrar
meus pensamentos
e de me atirar
pelo penhasco do caos
de minha fenestra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário