21 de jan. de 2013

Eu só procuro um amor bobinho,
com sabor de fruta mordida.
Daqueles com convite para a peteca
ou dedicados a uma menina com uma flor.
Um amor viniciano.
Que promete um amor eterno com exceções
e aguentam a voz desafinada.
Daqueles que não poetizam só na ausência,
mas sabem ver dela a matéria da saudade.
Um amor imparcial, mas complacente.
Um amor dedicado e auto-suficiente.
De risos fáceis e colos dispostos.
Do coito delicado e também estridente.
Um amor sem votos, mas de esperanças.
De frustrações e mil perdões.
O amor que é dado bem baixinho
e gritado aos quatro ventos.
Um amor machucado, mas seguro.
Um amor do pretérito
e conjugado no presente.
Um amor experiente, mas neófito.
Um amor de solidão
e conforto mútuo.
De dedicação exclusiva consigo mesmo.
Um amor ímpar entre um par
e um amor que saiba ver-se só.