24 de mar. de 2011

Poema para ti

Do arcabouço teórico
retirava um conhecimento simplório.
Buscava verdades universais,
currículo e nome em anais.

De um pêndulo oscilante
analisava o movimento nauseante.
Deparava-se com questionamentos infinitos
e do seu interior silenciava os gritos.

Da vida, do trabalho e do dinheiro
matutava até encher o cinzeiro.
Chegava a respostas vazias
que pouco importavam às suas revirias.

Dos gostos, desgostos, mal-gostos
cansava de mirar seus rostos.
Questionamentos vãos inúteis
reprimiam seus desejos fúteis.

Da busca e do cansaço eterno
encontrou motivo para ser terno.
Deixou de lado os seu não
e passou a escutar o bater do coração.

Do seu lado encontrara
respostas as questões que sempre colocara.
Abandonou seu conhecimento vão,
chutou o ego e segurou sua mão.

De não mais tentar teorizar e explicar
pode o seu  lugar encontrar.
Os seus medos abandonou
e a ternura, dele, se apossou.

De querer roubar o seu coração
escreveu uma estrofe sem rimas.
Deu de ombros pois desde o primeiro verso
Só tentava anuncia a finalidade do poema:

Dedicá-lo a ti.

Um comentário:

  1. Lindo, lindo.
    Quase fala por mim, vou roubar na cara de pau. Com os devidos créditos, claro.

    Obrigada, há tempos não encontrava tanto deleite em um blog. Grata surpresa! Virei fã.

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