11 de ago. de 2010

Sobre música de tom

Era ritmada em bossa nova. Ele sofria de uma dor incontrolável. Dor como uma enxaqueca incurável. Não ligava. Ela carregava uma dor no seu olhar grande e profundo. Ele ansiava por dividir e aliviar seu pesar. Era impossível. Dissimulava por não saber evitar. Buscava respostas que não encontrava, por mais que insistissem em saltar aos olhos. Ele não sabia se poderia acreditar. Coloria seus dias de uma forma doce e ele não sabia mais o que esperar. Deprimia-se ao chegar da madrugada e recordava de noites regadas por cafés e cigarros excessivos. Tais como palavras bonitas e empatias. Cafés sem açúcar e olhos doces. Deixava tarefas de lado por não conseguir se concentrar. A via em suas leituras de forma tão evidente e faltava coragem para dividir. Imaginava onde estaria e sonhava com lençois soltos e desarrumados pela cama grande. Imaginava sentimentos e apegos que poderiam não existir. Procurava doses de cores muitas vezes por dia. Entregava-se de uma forma que pensara não ser mais possível e sorria bobo com tudo. Dividia dores que jamais havia conseguido com outro alguém. Dores profundas no seu âmago que não evitava. Dividia de forma clara sem precisar falar literalmente. Sentia empatia. Dizia dissimular, mas se jogava de forma tão evidente dando de ombros para sua impotência. Repetia frases já escritas só pra ver se compartilhavam os sentidos. Ela o repetia e ele se via de cabeçaparabaixo.

Um comentário:

  1. Achei muito legal o seu post! parabéns o seu blog esta maneiro.. Se quiser da um pulo no meu blog também http://vainafequeda.blogspot.com/

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