11 de abr. de 2010

do gosto da boca doce e da dúvida

ele não cansava de seu novo encosto em formato de ombro. trocavam carícias, abraços, palavras bonitas e ela sempre dizia que ele era "doce, tão doce". gostava de estar ali. seu cabelo era sempre despenteado por todas as carícias que ela fazia. ele não queria levantar. ela repetia que ele era "doce, tão doce". com muita curiosidade ele a fitou nos olhos e perguntou:
-que doce, moça bonita?
ela não entendeu a pergunta.
-tu me prova e sente meu gosto. eu não canso da tua boca, mas me diz, que sabor tenho eu?
ela não soube responder. eram meras frases repetidas.
ele sabia que ela era um doce de amendoim daqueles que ela detestava, mas pra ele não existia melhor.

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