17 de nov. de 2009

Maldita máquina mimada

Eu tentava entender os nativos, lições de Geertz e Sahlins. Jocasta não deixava. Gritava, gritava, andava pela cozinha, batia no tanque e na geladeira, uma verdadeira algazarra. Muito esperto, tomei todo o bule de café antes que ela o fizesse. Vingativa, ela arranhava a geladeira e essa só murmurava de tempo em tempo. A mãe diz que é por causa do termostato. Vai saber, quem sabe ela não esconda uma paixão secreta pela Jocasta e não gosta do seus arranhões. Jocasta seguia derrubando copos, pisoteando o tapete, dando gritos e pulando por toda a cozinha. Dia de mau-humor da Jocasta. Contrariado, dei uma dose a mais de amaciante pra ela que acabou por dormir.

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