14 de dez. de 2011

O complexo jogo de damas noturno

Dei-te a face por cansar desse teu hálito repetido por diversas horas enquanto a noite vagava. Escolha premeditada da melancolia do hábito de repetir assuntos em corpos diferentes. O torpor do álcool logo se desvanecia ao ver-te despida pedindo que meu corpo adentrasse o teu. Repetição de movimentos em duas diferentes anatomias e divagações afastadas de ambos os lados. O sorriso belo, logo fez-se desproporcional, o jogo de egos cansou, o pênis rijo amoleceu enquanto a camada plástica que o cobria encheu de um gozo velho guardado por dias. Piadas sem graça, frustrações forçadas e intelectos fingidos. A intimidade de estranhos trocadas em uma noite que nada significaria ainda em seu decorrer. Me despeço com um beijo no rosto, por envergonhar-me de mim próprio. Tua companhia foi boa, mas somente a minha bastaria.

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