4 de fev. de 2010

fragmentos de sapos viciados em cafés

meu passado me condenava,
entre mistérios e esperanças se escondia.
meu futuro é duvidoso,
não tenho grana, mas tenho dor.
desistiu da terapia.
não gostava das boletas e andava cansado de falar de si mesmo.
aparentava ser um sapo.
sabia que escondia por debaixo do seu manto a si mesmo.
numa esquina qualquer encontrou uma máquina de café.
duplo e sem açúcar.
não gostava de açúcar, precisava de um equilíbrio entre seu grude renegado e o café amargo.
pensou melhor e resolveu fazer um novo pedido
apalpou os bolsos mas sua última moeda havia caido no bueiro.
ele deu de ombros e se foi.

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